Ritos de despedida ao redor do mundo: quantos você conhece?
A morte é a única certeza universal, mas como a humanidade se despede de seus entes queridos varia drasticamente. Em novembro, é comemorado o Dia de Finados, no qual vale a pena lembrar de que há várias maneiras de observar o luto e a perda. Os ritos de despedida são muito mais do que meras cerimônias; são reflexos profundos das crenças, filosofias e valores de cada povo sobre a vida, a morte e o que acontece depois.
Eles servem a propósitos essenciais, como prestar homenagem, confortar os enlutados e facilitar a passagem do falecido para o além. Por isso, a Funerária Pax Rio 24h separou alguns dos principais ritos de despedida ao redor do mundo. Continue neste artigo!
Como se diferenciam os ritos de despedida pelo mundo?
Conhecer os diferentes costumes e práticas ao redor do globo revela a riqueza da cultura humana em lidar com a perda. Isso transforma o momento do luto em algo único e significativo para cada comunidade.
Por isso, cada rito tem uma peculiaridade interessante que os conecta a ancestralidade. Alguns dos principais diferenciais podem se ver em dois aspectos:
1- Celebrações e/ou contemplação
A primeira grande diferença nos ritos de despedida ao redor do mundo está no tom da cerimônia, que pode variar entre a festa e a solenidade.
No México, por exemplo, o Dia de Los Muertos encara a morte como uma forma de libertar o corpo das vaidades e, por isso, o falecimento é celebrado. Essa celebração é marcada por banquetes, doces e a clássica confecção de caveiras mexicanas coloridas.
Em contrapartida, em diversas culturas do Mundo Islâmico e do Judaísmo, a cerimônia é marcada pela brevidade e respeito rigoroso. No Islã, o enterro deve ocorrer o mais rápido possível (geralmente em 24 horas) e não é permitido o velório tradicional com exposição do corpo.
De forma similar, no Judaísmo, não se vela o corpo. A pessoa falecida é lavada e envolta em uma mortalha branca, e o sepultamento é realizado rapidamente, pois a exposição é vista como um sinal de desrespeito.
2- Cremação e sepultamento
A escolha entre a cremação e o sepultamento, em um rito de despedida, está profundamente ligada às crenças religiosas e espirituais de uma cultura.
No Hinduísmo, por exemplo, o fogo é considerado um agente de purificação e transformação. A cremação é vista como um ritual essencial para libertar a alma do ciclo de reencarnação (samsara), permitindo que ela siga em direção à libertação espiritual.
Em contrapartida, no Japão, embora o budismo influencie, a cremação é uma prática majoritariamente comum, e o velório costuma ser mais longo.
Vale citar costumes históricos, como o do Egito Antigo, onde a mumificação era realizada para garantir a preservação do corpo, na crença de que a vida eterna dependia da continuidade do nome e da conservação física.
Que outros diferenciais observar em ritos de despedida ao redor do mundo?
Além dos exemplos mais conhecidos, outras tradições fúnebres ilustram a diversidade do adeus:
- África: em muitos países africanos, os funerais são celebrados com danças, música e festas, vestindo tecidos nobres e servindo banquetes. O rito é transformado em uma grande celebração da vida;
- Alemanha: os rituais podem ser mais longos do que o de outros países, chegando a durar quase um mês. Após a cerimônia, é comum que familiares e amigos se reúnam em um banquete chamado Leichenschamaus, onde a ausência é considerada uma grande falta de respeito;
- Rússia: os rituais funerários costumam utilizar roupas bem coloridas, diferentemente do costume brasileiro de utilizar o preto, que não é bem-visto em algumas tradições russas.
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