Para os judeus, a alma é algo eterno. A morte é só o fim do que é material. O judaísmo tem várias crenças concernente à morte e sua preparação, assim como diferentes religiões e culturas no mundo. Seus rituais são cheios de simbolismos e práticas específicas, alguns com raízes bem antigas. Se alguma vez teve curiosidade sobre o assunto, confira neste artigo da Funerária Pax Rio 24h quais são os rituais fúnebres no judaísmo!
Quais os rituais fúnebres no judaísmo?
A religião judaica, assim como em outras religiões antigas, tem diferentes vertentes de si mesma. O que é de acordo é que a situação do espírito está ligado ao modo como a pessoa viveu na Terra. Portanto, mesmos os cuidados funerários, são para que o espírito encare bem essa próxima fase da sua jornada.
1- Cuidados com o corpo
Anunciada a morte de um judeu, a primeira providência da família é comunicar o Chevra Kadisha. Este é um grupo de voluntários que orienta e realiza todos os procedimentos funerários. Eles ajudam no Tahara, a preparação do corpo, também conhecido como momento de purificação.
Um banho cuidadoso com água pura é feito pelo grupo, enquanto preces são recitadas. Essas devem pedir perdão por possíveis pecados cometidos em vida pelo falecido. Tudo é realizado no cemitério israelita, em um local reservado. Depois do banho, é parte dos rituais fúnebres no judaísmo vestir o falecido com o Tachrichim, um conjunto de roupas brancas. Essas representam a neutralidade com que a alma irá se encontrar com Deus. Os olhos recebem uma pedra, cada um. Também é repousada uma terceira pedra na boca. Existem várias explicações para isso, mas a mais comum é que o espírito não questionará a morte, nem poderá mentir para Deus. Depois, o caixão é fechado ou o corpo enrolado em um pano branco e ocorre um breve velório.
2- Sepultamento
Pela lei judaica, o corpo deve ser sepultado o mais breve possível, de preferência no mesmo dia da morte. Para eles, a alma não consegue descansar até ser sepultada. Apenas em situações incomuns é que isso é atrasado, como em caso de morte violenta. Aqui a polícia retém o corpo por um tempo, para investigar.
Seguindo os rituais fúnebres no judaísmo, o corpo deve ser sepultado em um caixão simples, sem ornamentos. Uma Estrela de Davi na parte superior, assim como as iniciais do morto, serão as únicas marcações no caixão. Isso impede que haja distinção de riqueza na morte, que o judaísmo repreende. O caixão é colocado em contato com a terra, com um membro da família sendo responsável por jogar as primeiras porções de terra sobre a urna.
3- Pedras sobre as lápides
Como parte dos rituais fúnebres do judaísmo, depois de um ano, pedras são colocadas sobre o sepulcro, com várias interpretações do porquê disso. Esse gesto assegura que os mortos não serão esquecidos e a sepultura não será profanada. Deixar uma pedra nova poderá simbolizar que o monumento ao falecido é um processo sempre por completar. Além disso, apesar da prática seja comum a judeus, poderá ser estendida a gentios (designação para os não cristãos, os pagãos), em casos de homenagem. É o caso da sepultura de Oskar Schindler, que salvou judeus na Segunda Guerra Mundial, por exemplo.
Judeus aceitam a cremação?
No geral, não. Como regra geral, o judaísmo é uma das religiões que não aceitam cremação. A religião entende que o ato era originalmente um ritual pagão e a lei judaica proíbe a mutilação do corpo. Segundo a crença, é levado um tempo até que a alma se separe por completo da carne. O processo, assim, deve seguir a decomposição natural do corpo. A cremação separaria, de maneira brusca e dolorosa, os elementos carnais e espirituais.
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