Flores espalhadas pela cidade. Caveiras decoradas. Comida. Música. Visita dos mortos aos vivos. Se essas coisas te lembraram do día de los muertos mexicano, você não está errado. A celebração mexicana é conhecida por sua alegria e tradições peculiares. A mesma, mistura rituais católicos e astecas, numa festa reconhecida no mundo todo. No Brasil, o Dia de Finados é visto com mais tristeza. Porém, em uma cidade brasileira, essa data é comemorada com uma festa tão grande quanto a mexicana. Conheça mais sobre o Dia da Iluminação no artigo de hoje!
O que e onde é o Dia da Iluminação no Brasil?
Na tradição da Igreja Católica, 1º de novembro é comemorado o Dia de Todos os Santos. Neste dia, é comum rezar por aqueles que morreram em paz, com os pecados perdoados. O dia seguinte, 2 de novembro, celebra o Dia de Finados. Isso foi considerado o mais apropriado para fazer orações por todos os falecidos, mesmo os que precisam de ajuda para chegar ao paraíso.
Existem vários costumes fúnebres no Brasil, mas o mais comum no Dia de Finados envolve tristeza e reclusão. Nesse dia, milhares de famílias brasileiras acendem velas e levam flores aos túmulos de seus entes queridos. Porém, no interior do Pará, na cidade de Curuçá, essa data é chamada de “festa de finados”, “Iluminação de finados” ou Dia da Iluminação.
O dia da Iluminação acontece no principal cemitério da cidade, chamado São Bonifácio. Nesse local, reúnem-se, especialmente à noite, familiares que se encontram para lembrar e homenagear os entes queridos falecidos. Os túmulos são enfeitados com velas e flores por uma crença parecida com a mexicana. Acredita-se que ao iluminar os túmulos, os mortos encontrarão o caminho da eternidade, mas também poderão reencontrar os vivos. Nesse momento, as famílias acreditam que estão reunidas e colocam a conversa em dia.
Existem tradições do Dia da Iluminação?
Apesar de não possuir figuras famosas como La Catrina, o Dia dos Mortos de Curuçá tem algumas tradições também. Veja quais são.
1- A Manicuera
Para celebrar essa festa de finados, uma bebida considerada sagrada começa a ser preparada com dez meses de antecedência. A base da manicuera é a mandiocaba (aipim doce) que é plantada, colhida, lavada, ralada e retirado o sumo. Este depois é fervido, frio e servido em uma cuia com macaxeira cozida ou arroz cozido. Essa bebida só é vendida entre 30 de outubro e 2 de novembro.
2- Os biscateiros
Diferentes de uma figura mitológica, os biscateiros são pessoas reais que cuidam dos cemitérios para essa época. Os parentes dos finados mandam construir, limpar e/ou pintar os túmulos a partir do mês de setembro. Nesse momento, começam a chegar os primeiros biscateiros para trabalhar. Eles são figuras conhecidas da época. Os biscateiros são reconhecidos pela sua vestimenta, instrumentos de trabalho e ações cotidianas no cemitério. O serviço deles não é visto só como uma forma de ganhar dinheiro. Também é visto como uma maneira de manter o cemitério limpo e bonito para o dia da Iluminação. Alguns biscateiros trabalham com as mesmas famílias por gerações, para deixar o local bonito para o falecido.
3- Velas e muita festa
O dia da iluminação é conhecido por festejar os mortos, ao invés de sofrer por eles. Fora do Cemitério, vendas de comidas típicas são preparadas e bandas tocam o dia todo. Aqueles que moram nas proximidades acendem velas para seus mortos de dia, enquanto aqueles que vivem no município acendem à noite. Grinaldas de flores são preparadas com meses de antecedência para enfeitar os túmulos. O cemitério fica lotado com sons e festejos, assim como as casas, para garantir que os mortos possam achar seu caminho.
Sendo um país tão grande, é natural que nem todas as formas de celebrar o fúnebre sejam conhecidas no Brasil. As diferentes comunidades que existem têm diferentes formas de celebrar a vida e a morte. Celebrar essa diversidade é importante para garantir o devido respeito entre as pessoas.
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